MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Artigos

30/09/2011 09:22

Mudanças Climáticas

 

 

03/10/2011 12:39

Aquecimento Global

 

 

O aquecimento global é um dos temas mais abordados atualmente em diversas áreas do conhecimento. Constitui em tema de discussão não somente entre os cientistas, mas entre políticos, público em geral e governantes. Uma das questões principais a respeito desta temática é: “como o aquecimento global irá influenciar o clima e os fenômenos naturais de nosso planeta”? E ainda: “Qual a conseqüência dessas alterações”? De acordo com os especialistas sobre o tema, estas ainda são perguntas sem respostas precisas, onde apenas estimativas e hipóteses podem ser elaboradas.

O termo “aquecimento global” refere-se ao aumento da temperatura do planeta causado, principalmente, pelo aumento da concentração de certos gases atmosféricos, tais como o dióxido de carbono, metano, óxido nítrico, e clorofluorcarbonos. Esses gases apresentam como principal característica, a habilidade de “prender” a energia radiante do sol, levando a elevações da temperatura atmosférica, a qual, por sua vez, pode causar mudanças significativas no clima, alterar os padrões de chuvas e tempestades, mudar os padrões de correntes marinhas, e aumentar a faixa máxima de alcance do nível do mar.

É importante mencionar que o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera terrestre é atribuído, principalmente, a queima de combustíveis fósseis e madeira.

Ressalta-se também que, certamente, o aumento dos níveis de CFCs atmosféricos encontram-se diretamente relacionado a atividade antrópica, uma vez que este gás é uma invenção humana e é utilizado nos sistemas de ar refrigerado.

Agravando o problema, encontra-se o desmatamento das florestas em todo o mundo. A vegetação encontrada em florestas contribui como uma das maiores fontes dissipadoras e de absorção do excesso de dióxido de carbono depositado na atmosfera. Lembrando que uma outra fonte também importantíssima para a dissipação e absorção do dióxido de carbono são os oceanos.

06/10/2011 08:15

Aquecimento Global: 2010 foi segundo ano mais quente da história

 

 

 

Dados divulgados por quatro grandes centros de pesquisa climática do mundo mostram que 2010 foi o segundo ano mais quente da história, ficando atrás apenas do ano de 2005. O resultado é considerado uma surpresa, já que a presença de fenômenos naturais de grande escala como La Niña, erupções vulcânicas e baixa atividade solar deveriam trazer as temperaturas para baixo, mas isso não aconteceu.

 

 

A análise foi feita por quatro instituições diferentes que estudam as mudanças climáticas: os norte-americanos Instituto Goddard para Estudos Espaciais, da Nasa (GISS) e Centro Nacional de Dados Climáticos (NOAA-NCDC), a Agência Meteorológica Japonesa e o Escritório Nacional de Meteorologia do Reino Unido (Met Ofice).

 

De acordo com James Hansen, diretor do GISS, da Nasa, a diferença de temperatura entre 2005 e 2010 é de apenas 0.01°C, um valor tão pequeno que não pode ser distinguido, dadas as incertezas dos cálculos.

 

Enquanto isso, o ano de 2009, o terceiro mais quente da história, está praticamente empatado com 1998, 2002, 2003, 2006 e 2007, com a diferença máxima entre os anos de apenas 0,03 °C.


Tendência


Apesar de ser um ano de temperatura recorde, a análise das temperaturas precisa ser vista em um contexto mais amplo. "Certamente, é interessante notar que 2010 foi muito quente, mas muito mais importante do que o ranking de um determinado ano são as tendências de longo prazo". disse Hansen.

 

Um dos problemas quando se focaliza o recorde anual ao invés da tendência de longo prazo é que os recordes individuais muitas vezes diferem das análises feitas por cada instituto, uma situação que pode gerar confusão.

 

Por exemplo, enquanto o GISS classificava o ano de 2005 como o mais quente, o Met Office creditava esse recorde a 1998. A discrepância ajudou a alimentar a percepção equivocada de que as conclusões dos três grupos variavam drasticamente ou que continham grandes quantidades de incerteza. Além disso, também ajudou a fomentar a ideia de que o aquecimento global parou em 1998.

 

"Na realidade, nada poderia estar mais longe da verdade", disse Hansen. "As temperaturas globais têm continuado a subir acentuadamente de forma constante".

 

De acordo com Reto Ruedy, também ligado ao GISS, os registros oficiais podem variar ligeiramente devido às diferenças sutis na forma como os dados são analisados, mas o resultado final entre os grupos concorda extraordinariamente bem para as tendências de longo prazo.

 

Todos os institutos mostram picos e vales que variam sincronicamente desde 1880 e apresentam um aquecimento bastante rápido principalmente nas últimas décadas.

 

Para 2011 é possível que os valores finais fiquem abaixo de 2010, ainda devido aos efeitos tardios do La Niña, atividades vulcânicas ou baixa atividade solar, mas devem ser vistos sempre dentro do contexto de longo prazo e não como indicações de tendência imediata.

 

Arte: o gráfico mostra o resultado de dados compilados desde 1880 por quatro dos maiores institutos de análises climáticas. O resultado varia pouco entre as instituições e mostram valores crescentes de temperatura principalmente nas últimas décadas. Crédito: NASA/GISS/Apolo11.com.

 

 

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03/10/2011 11:53

Efeito Estufa

 


Efeito estufa provoca o aquecimento do planeta

 

Do total de raios solares que atingem o planeta, quase 50% ficam retidos na atmosfera; o restante, que alcança a superfície terrestre, aquece e irradia calor. Esse processo é chamado de efeito estufa.

Apesar de o efeito estufa ser figurado como algo ruim, é um evento natural que favorece a proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como finalidade impedir que a Terra esfrie demais, pois se a Terra tivesse a temperatura muito baixa, certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente, estudos realizados por pesquisadores e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2.

O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita.

Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no espaço natural e, automaticamente, na vida do homem. Dentre muitas, as principais são:

• Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além disso, o fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação.

• Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e tornados.

• Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.

• Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e, consequentemente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.

O tema "efeito estufa" é bem difundido nos mais variados meios de comunicação do mundo, além de revistas científicas e livros, no entanto a explicação é razoavelmente simples. Em razão de os gases se acumularem na atmosfera, a irradiação de calor da superfície fica retida na atmosfera e o calor não é lançado para o espaço; dessa forma, essa retenção provoca o efeito estufa artificial. Abaixo um esboço de como ocorre o efeito estufa natural e artificial ou provocado pelo homem.

 

 


Efeito estufa natural favorável à vida na Terra

 
 

 

03/10/2011 14:12

Degelo das Calotas Polares

 

 

  

 

E o mundo continua sofrendo mudanças cada vez mais rápidas por causa do efeito estufa e do aquecimento global. As calotas polares do Ártico estão derretendo num ritmo nunca visto antes em toda a história humana. Entre os cientistas, já é consenso que é apenas uma questão de tempo até todo o gelo da região derreter.

Segundo o projeto Catlin Arctic Survey, liderado pelo explorador polar Pen Hadow, que analisou o comportamento do gelo ártico por três meses, falta apenas uma década para o Pólo Norte se tornar um grande oceano aberto. Mas segundo os cientistas da NASA, a previsão é ainda mais desanimadora: o gelo das calotas pode derreter totalmente no verão de 2012. Um cenário que se imaginava improvável há alguns anos, mas que cada vez se torna mais real, à medida que os impactos do desenvolvimento insustentável da humanidade vão acabando com a pouca reserva de gelo ainda existente.

“O oceano Ártico desempenha uma posição central no sistema climático da Terra”, alerta Martin Sommerkorn, da WWF. Um recado para quem ainda não percebeu que o planeta inteiro está conectado, e o que acontece numa região exerce influência direta sobre as outras. E complementa: “Esse processo poderá causar inundações que afetarão um quarto da população mundial, aumentar de forma substancial as emissões de gases-estufa (que costumam ser aprisionados pelo gelo) e provocar mudanças climáticas extremas”.

O degelo das calotas polares é um problema grave, que está tomando proporções mais do que alarmantes. Uma das principais preocupações dos ambientalistas é o gás metano, cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Cientistas chegaram a conclusão de que as geleiras servem como um super depósito do gás, e conforme elas vão desaparecendo, mais acelerado se torna o processo de aquecimento global.

A liberação de metano é tão grande que o gás mal se mistura com a água, e, depois de formar bolhas na superfície, é liberado quase que instantaneamente pra atmosfera. Estudos realizados na região indicam que a temperatura está subindo, e já acumula um acréscimo de 4 graus Celsius nos últimos anos.

A preocupação dos ambientalistas e cientistas não é somente com o Pólo Norte: o derretimento das geleiras da Antártica também estão dando o que falar. Se tudo continuar indo como está, o nível dos oceanos provavelmente vai aumentar muito mais rápido que o previsto. O derretimento das geleiras da Antártica e da Groenlândia juntas pode acabar causando a desestabilização de outras massas glaciares de grande importância, acelerando um processo generalizado de desintegração.

Peter Clark, glaciologista da Universidade de Oregon, dá uma idéia do que vai acontecer se a situação continuar se agravando. Segundo o especialista, o degelo pode fazer o nível dos oceanos subir muito mais do que o esperado, e mais rapidamente. Degelo que é atribuído principalmente ao efeito estufa, já que o fenômeno é a causa maior do aquecimento excessivo da Terra. Efeito estufa que, por sua vez, se origina do acúmulo excessivo de gás carbônico (CO2) e gás metano (CH4) na atmosfera, que impedem que o calor provocado pelo Sol saia do planeta.

04/10/2011 19:18

Impactos das mudanças climáticas no zoneamento ecológico

 

 

Embora existam opiniões contrárias, há um consenso na comunidade científica de que o clima está mudando. As causas dessas mudanças climáticas e a capacidade de mitigação das florestas, especialmente aquelas ligadas ao lado comercial de venda de crédito de carbono, têm sido alvos de muitas discussões.

Esses assuntos ocuparam um espaço muito maior dentro do tema mudanças climáticas em detrimento de outros aspectos, como o efeito dessas mudanças nas florestas naturais e nas plantações florestais.

O clima é, sem dúvida, o fator determinante da adaptação e crescimento das árvores. Assim, ações imediatas são necessárias para prevenir ou minimizar possíveis impactos negativos, tanto nas nossas reservas de biodiversidade constituídas pelas florestas naturais, quanto nas plantações florestais, que são as principais responsáveis pelo suprimento da madeira industrial no País.

Boa parte do sucesso da silvicultura depende do entendimento das relações entre as espécies e o clima, e, até agora, o Brasil tem se beneficiado muito dessa relação. Temos um setor florestal que apresenta uma produtividade invejável, respeitando as imposições sociais e ecológicas.

O avanço observado nas últimas décadas, fruto do melhoramento genético, desenvolvimento e adaptação de técnicas silviculturais, é refletido pelos altos índices de produtividade de nossas florestas plantadas.

Também não podemos esquecer que o Brasil é considerado um país megadiverso, com as maiores áreas de florestas tropicais no mundo. Isso o torna centro das atenções mundiais quando o assunto são as mudanças climáticas, principalmente considerando que a nossa taxa de desmatamento, embora decrescente, nos coloca entre os maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa.

Importante salientar que, quando falamos em clima, não nos referimos apenas às tendências e médias, mas também aos padrões de variação espaciais e temporais e aos extremos.

As oscilações climáticas passadas e suas consequências são citadas como um precedente que não acabou com o planeta, mas extinguiu uma quantidade considerável de espécies. Não estamos traçando paralelo com acontecimentos passados, nem devemos usar as alterações climáticas ocorridas como apocalípticas.

O impacto do clima nas florestas depende de sua vulnerabilidade e adaptabilidade, que se refere à capacidade de as árvores tolerarem estresses bióticos e abióticos, como a seca, o frio, o ataque de insetos, as doenças e os incêndios e aos componentes genéticos e ambientais que podem ser alterados através de manejo florestal e práticas silviculturais.

O clima afeta diretamente aspectos fisiológicos, como fotossíntese e respiração, assim como processos de decomposição de matéria orgânica. Estes, por sua vez, afetam a produtividade e até mesmo a capacidade de sobrevivência. A redução na produtividade per si é preocupante, mas os riscos ampliados que as alterações climáticas podem gerar com ocorrência de incêndios, surtos de pragas e doenças são mais prováveis.

Toda vez que ocorre algum fenômeno climático extremo, como secas prolongadas ou tempestades, especialmente quando os danos são de grande monta, o impacto leva à conscientização das vulnerabilidades e são projetados programas de contenção e análise de riscos ao setor, muitos dos quais não vão além do planejamento.

Como já foi salientado, a prática de silvicultura bem-sucedida depende de uma sólida compreensão das relações das espécies ao clima. Para isso, observações de longa duração e pesquisa dirigida são fundamentais para o entendimento dos processos biofísicos sobre a fisiologia, a fenologia em respostas às alterações climáticas. Essa base de conhecimento é essencial para minimização de riscos. Nesse contexto, a pesquisa é a grande aliada nessa tarefa.

As projeções futuras do clima feitas com o uso de modelos climáticos melhoraram muito nos últimos dez anos e podem ser usadas como ferramentas para auxiliar na adaptação da silvicultura às novas condições. O desenvolvimento e o uso de modelos processuais ligados ao crescimento das espécies, também podem ser de grande auxílio na compreensão de como o clima afeta a produção.

O zoneamento ecológico, não só baseado no clima atual, mas nas projeções do clima futuro, são informações estratégicas para a expansão de áreas de plantações florestais e programas de conservação tanto in situ como ex situ. Modelos de crescimento empíricos não explicam os efeitos do clima. Os limites climáticos da distribuição natural também sofrerão alterações nas áreas recomendadas para plantio de uma determinada espécie.

Não podemos ignorar que o aumento da produtividade em plantações comerciais é o resultado de intenso trabalho de seleção e melhoramento genético dirigidos aos interesses locais sob condições ambientais específicas. Os critérios usados para seleção foram, na sua maioria, baseados no desempenho das árvores, produtividade que atende à qualidade requerida, considerando apenas as condições climáticas a que as árvores foram submetidas no seu período de crescimento.

Lembrando que seleção é baseada na expressão fenotípica, que é afetada pelo ambiente. O ciclo de rotação das espécies florestais é mais longo que culturas agrícolas, portanto as preocupações são ainda maiores. Os plantios clonais de eucaliptos, um dos sistemas mais usados na eucaliptocultura brasileira, apresentam, de modo geral, base genética restrita e alta especificidade edafoclimática.

Em função disso, os plantios clonais apresentam desempenho excepcional, mas podem, também, estar extremamente vulneráveis em função dessa especificidade. São muitos os desafios nessa área. O problema exige multidisciplinaridade nas suas ações. Assim, capacitação é um dos primeiros obstáculos, pois a geração de novos conhecimentos não tem acompanhado as mudanças do clima na mesma velocidade.

O conhecimento básico acumulado, resultante de pesquisas e observações de longa duração, estudos básicos ligados às interações de clima, solo e de espécies florestais, séries climáticas em quantidade e qualidade que, além de permitirem a análise das variações já ocorridas, melhoram as projeções futuras, ampliam o universo de informações e contribuem na formação de recursos humanos.

É necessário que medidas urgentes sejam tomadas, envolvendo governo, iniciativa privada, instituições de ensino, organizações não governamentais na formação de redes de observações e de profissionais especializados na área.

A criação de redes é de especial importância para o compartilhamento de informações e a criação de uma base sólida de conhecimento para que possamos responder o mais rápido possível às questões: como a mudança do clima afetará a fisiologia e o desenvolvimento de espécies florestais? como a mudança do clima afetará a fitossanidade e a produtividade das florestas naturais e plantadas? e até que ponto práticas silviculturais podem ser alteradas em resposta às mudanças climáticas?

O papel das florestas como mitigadora incluem opções para sequestrar carbono, e reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa pode ser completamente contrário do esperado. As emissões podem ser drasticamente aumentadas pela degradação causada por fatores abióticos adversos das consequências já mencionadas, não cumprir seu papel e não atender às demandas da sociedade. Não podemos simplesmente esperar para agir.

03/10/2011 12:13

Protocolo de Kyoto

 

 


O Protocolo de Kyoto é fruto da preocupação com o aquecimento global

 

Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento.

Diante da efetivação do Protocolo de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012. O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa forma, comprometeram-se a implantar medidas com intuito de diminuir a emissão de gases.

As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. Diante das metas estabelecidas, o maior emissor de gases do mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país.



As etapas do Protocolo de Kyoto



Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira reunião com líderes de países e classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas, na reunião foi dito que as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos com elevadas temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro.

Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), primeiro mecanismo de caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o 
aquecimento do planeta, além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis fósseis.

Em 1992, as discussões foram realizadas na Eco-92, que contou com a participação de mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas.

Na reunião, metas para que os países industrializados permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto, as discussões levaram à conclusão de que todos os países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua responsabilidade de conservação e preservação das condições climáticas.

Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de atividades petrolíferas, que rebateram a classe científica alegando que eles estavam precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações nessa questão.

No ano de 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto, essa convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são concretos os meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de redução e se realmente todos envolvidos irão aderir.

Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão para que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos países em desenvolvimento até 2012.

O ano que marcou o início efetivo do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda de troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que assinaram o Protocolo podem comprar e vender 
créditos de carbono.

Na verdade, o comércio de carbono já existe há algum tempo, a bolsa de Chicago, por exemplo, já negociava os créditos de carbono ao valor de 1,8 dólares por tonelada, já os programas com consentimento do Protocolo de Kyoto conseguem comercializar carbono com valores de 5 a 6 dólares a tonelada.

05/10/2011 20:23

Energias Renováveis

 

 

 

Diante das bruscas mudanças no clima em todo o mundo, após o homem ter devastado grande parte da natureza pelo planeta, alguns cientistas vêm exercendo experiências buscando aproveitar as energias do Sol, do vento, dos cursos de água, das mares, são as chamadas energias renováveis.

 

A energia renovável se dá quando não é possível estabelecer um fim temporal para sua utilização. Elas são virtualmente inesgotáveis, mas são limitadas em termos da quantidade de energia que é possível extrair em cada momento, ou seja, é a energia que é extraída de fontes naturais capazes de regeneração, sendo assim inesgotáveis.

 

Mas nem sempre foi assim, no inicio da modernização, o homem fez descobertas que facilitaram muitíssimo a vida no planeta, como a energia hidrelétrica e o petróleo que até nos dias de hoje são muito cotados e ainda tem lugar de destaque.

 

Antes a energia utilizada era retirada do carvão, próximo ao século XIX, a energia hidrelétrica e o petróleo passaram a complementá-lo. Não demorou muito para o petróleo transformar-se na principal fonte de energia utilizada no mundo, e isso vem até nos dias atuais. Nesta época, é que surgiram os motores de combustão interna a gasolina e outros derivados do petróleo e a invenção da lâmpada elétrica. O petróleo tornou-se imprescindível à economia mundial, mas também se tornou fator gerador de conflitos em todo o mundo e principal agente de poluição da atmosfera.

 

Contudo, mesmo após nos beneficiarmos tanto com o petróleo e seus atributos, vimos a necessidade de procurarmos algo que agrida menos a atmosfera e já se fala da possibilidade que pode ser criada pela utilização do hidrogênio, uma energia limpa que pode ser retirada da água, mas os cientistas ainda terão muito trabalho até que esta experiência possa ser uma fonte comerciável viável. O hidrogênio teria a capacidade de substituir os derivados do petróleo para veículos automotivos. As indústrias automotivas já possuem protótipos de automóveis utilizando o hidrogênio como combustível.

 

As fontes de energia renováveis já citadas, ainda são pouco utilizadas devido aos custos de instalação, à inexistência de tecnologias e redes de distribuição experimentadas e, em geral, ao desconhecimento e falta de sensibilização para o assunto por parte dos consumidores e dos municípios.

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